Joaninha,
voa, voa
Uma menina e uma joaninha
de cá para lá, de lá para cá,
escondem-se nas folhas do jardim,
numa brincadeira sem fim.

A joaninha com pintas nas asas,
a menina com asas nos pés.
A joaninha será a mensageira,
a menina escreverá cartas
para a família inteira.

E assim começa o jogo
de cá para lá,
de lá para cá.

Joaninha, voa, voa,
joaninha, voa, voa,
e ela voava, voava,
e a menina pedia.

Joaninha, voa, voa,
joaninha, voa, voa,
leva as cartas à minha madrinha,
que ela dá-te pão e sardinha.
E a menina cantava,
joaninha, voa, voa,
joaninha, voa, voa,
leva as cartas à minha cunhada,
que ela dá-te pão com marmelada

E a menina soprava,
joaninha, voa, voa,
joaninha, voa, voa,
leva as cartas ao meu irmão
que ele dá-te pão com melão.

E a menina sonhava,
joaninha, voa, voa,
joaninha, voa, voa,
leva as cartas à minha prima
que ela dá-te pão com tangerina.

E a menina voava,
joaninha, voa, voa,
joaninha, voa, voa,
leva as cartas à mamã,
que ela dá-te pão com maçã.

E depois, quando chegares ao fim,
não te esqueças de voltar pra mim,
que te dou pão com pudim.
Joaninha, voa, voa,
joaninha, voa, voa.
E a menina corria,
joaninha, voa, voa,
joaninha, voa, voa,
leva as cartas à minha avó
que ela dá-te pão de ló.

E a menina saltava,
joaninha, voa, voa,
joaninha, voa, voa,
leva as cartas ao meu amigo
que ele dá-te pão com figo.

E a menina sorria,
joaninha, voa, voa,
joaninha voa, voa,
leva as cartas à minha tia,
que ela dá-te pão com melancia.

E a menina suspirava,
joaninha voa, voa,
joaninha, voa, voa,
leva às cartas ao meu namorado,
que ele dá-te pão com rebuçado.

E a menina escondia-se,
joaninha, voa, voa,
joaninha, voa, voa,
leva as cartas à minha irmã,
que ela dá-te pão com romã.
Ilustrador Evelina Oliveira Texto Adélia Carvalho

Joaninha, voa, voa

“Joaninha voa, voa” encontra numa memória de infância a magia para se revelar agora em cerâmica, recordamo-nos da canção infantil que trauteávamos enquanto apanhávamos joaninhas pelos campos.

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