Em passo acelerado, subiu montes e vales, andou ao frio e ao vento mas, de tão comprida que era a noite, a vela apagou-se – tinha chegado ao fim! Procurou apressadamente na trouxa outra vela mas só encontrou as nozes, amêndoas e figos que tinha trazido para a ceia. Assustado com a escuridão imensa da noite, despejou a trouxa e entreteve-se a fazer pequenas pilhas com os frutos.
Ali ficou, a olhar, à espera que uma ideia luminosa lhe trouxesse de novo a luz para seguir caminho. Pensou que poderia colocar em cada pilha um pirilampo ou uma estrela cadente ou um relâmpago... Indeciso e de tão esfalfado que estava, deixou-se adormecer, envolvido pela penumbra. À sua volta, ficaram as pequenas pilhas, frágeis guardiãs do Sr. Inverno.
na terra Pilhas de Luz.
de Luz
Foi então que avistaram o Sr. Inverno, sozinho e tiritante, rodeado pelas suas pequenas pilhas. Sem que ninguém desse por isso, um menino aproximou-se e assentou uma vela em cada pilha. Ao dar conta do burburinho, o Sr. Inverno acordou. Espantado com as mil luzes que inundavam a noite, juntou-se – mesmo a tempo - à grande festa. Desde então, todos os anos, se aguarda a sua chegada com as pequenas Pilhas de Luz.

Pilhas de Luz
“Pilhas de luz” resulta do exercício criativo e simbólico. Um elogio à cerâmica Caldense e aos elementos naturais, representando uma noz que também é um candelabro.
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