Criação... Os Frutos
da Praça
A doutrina diverge quanto à possibilidade de Deus ter usado a Praça da Fruta como paleta para a criação do mundo. É defensável que ali se encontram, ao longo do ano, todos os pantones possíveis, e que esse catálogo seria ideal para desenhar um universo inteiro sem sair dali: inventando homens, tigres, riachos e florestas, tudo só com as texturas do figo, as cores da pêra-rocha, a luz íntima da romã e as sombras dos toldos e dos edifícios. É uma teoria cronologicamente difícil que depende da hipótese de haver fruto antes de ser inventada a semente. Mais consensual é que, pouco depois de ter ordenado a existência da Luz, logo nos primeiros dias, ainda cheio de fulgor, Ele tem de ter dito: Haja Fruta. Até para um leigo, Ela é uma das obras primas d’Ele. Principalmente quando comparada com outros alimentos: não carece de calor nem tempero, vem pronta a servir e não foge nem corre, espera-nos pacientemente na árvore. Podendo depois, para nosso conforto, ser transportada para a Praça do Rossio, nas Caldas da Rainha Dona Leonor. Ilustrador Lord Mantraste Texto Luís Gouveia Monteiro

Os Frutos da Praça

“Os frutos da praça” honram a azulejaria portuguesa e a tradicional praça da fruta das Caldas da Rainha, valorizando a pintura manual e a influência holandesa na mesma.

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