do Papa Figos
Aos que escolheram voltar para morar no ramo mais alto da figueira, o menino agradeceu. Esperou paciente que construíssem o ninho enquanto imaginava que nome lhes havia de dar. Estava tão feliz com o seu chilrear luminoso, que resolveu pintá-los com as cores que moravam no seu canto. Escolheu os amarelos do dia, os negros da noite, o vermelho das frutas maduras. Durante dias e dias, foi pincelando uma a uma as aves que escolheram a figueira como morada. Chamou-lhes papa figos. Por isso os papa figos são amarelos como as cores do dia, têm asas e rabos escuros como a noite, bicos vermelhos de romã e fazem os ninhos nos ramos mais altos das figueiras. São tímidos, não se deixam ver e muitas vezes só os conseguimos adivinhar pelo chilreio que parece repetir o dizer do menino:
– Lá vai mais um! Lá vai mais um!

O inventor do Papa Figos
“O invento do Papa Figos” encontra na cor destes pássaros os ingredientes para a criação desta peça, num fascínio cromático que voa no encanto destes pequenos seres.
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